Primeiro, lembraremos algumas características gerais; em seguida, sugestões para a celebração.
Características das celebrações do Advento
- Usa-se a cor roxa para as vestes litúrgicas. No 3º domingo, a cor usada tradicionalmente é o rosa, por ser o “domingo Gaudet”, referente à segunda leitura, na qual o apóstolo convida: Alegrem-se.
- O Advento é celebrado com sobriedade e com uma alegria discreta, quase contida. Por isso, não se canta o Gloria… (a não ser em algumas solenidades e festas); fica reservado para a noite e o dia do Natal, quando juntamos nossa voz à dos anjos para dar glória a Deus pela salvação que realiza em nosso meio. O Aleluia…, no entanto, continua ressoando.
- Pelo mesmo motivo da sobriedade, devemos usar flores e instrumentos com moderação, para não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. Convém evitar instrumentos de percussão, baterias, etc.
Sugestões para a equipe de liturgia
• Espaço da celebração e acolhida: preparar bem o espaço celebrativo, de modo que todos perceberam o clima de alegre expectativa da comunidade. Para isso, alguns símbolos são importantes.
• Coloque na entrada da igreja (SUGESTÃO APENAS) um tronco grande, do qual deve sair um broto (que poderá ser uma orquídea ou qualquer planta verde, que dure todo o Tempo do Advento). Esse símbolo alude a comunidade que do tronco de Jessé nascerá o rebento de Davi. Ele simboliza também o sentido da espera.
• Fazer a coroa do Advento, com ramos verdes, e a cada domingo, introduzir uma vela até completar quatro no final do Advento.
• Acolhida: forme uma equipe de acolhida (se ainda não houver) e procure fazer uma acolhida afetuosa aos que chegam para a celebração. Nessa acolhida poderá ser dita frases como: “O Senhor já está chegando, seja bem-vindo (a)”, ou outras palavras que lembrem o significado do Tempo do Advento. Pode ser em cartões também para evitar a mera distribuição de livreto de cantos.
• Ritos iniciais: na procissão de entrada, uma pessoa traz a coroa do Advento sem as velas e a deposita no suporte que já deverá estar preparado em local visível para todos. Essa entrada da coroa só se faz no primeiro domingo do Advento.
• Quem preside ou o animador convida a comunidade a acolher a primeira vela do Advento (se possível, trazida por uma mulher grávida). Enquanto a vela se aproxima acesa, o grupo de canto entoa um refrão meditativo, do tipo: “Teu sol não se apagará”, ou “Ó luz do Senhor” (CD do Ofício divino das comunidades). A vela é colocada na coroa e quem a deposita, erguendo as mãos e o olhar para o alto, diz o seguinte bendito: “Bendito sejas, Senhor Deus das promessas, pela luz de teu Filho, Jesus Cristo, Senhor das nossas vidas e da história, a quem esperamos ansiosos e felizes”! Ao término, todos entoam novamente o mesmo refrão meditativo.
• Antes da primeira leitura o grupo de canto pode entoar um canto para dispor a comunidade em atitude de escuta (conhecido como “shemá”). Cuide-se que o canto seja suave e propicie a preparação para a escuta. Cantar de maneira ensurdecedora deturpa o sentido de preparação para acolher a Palavra em nosso coração.
• Preces: a resposta às preces poderá ser cantada e expressar desejo e expectativa, como: “Vem, Senhor. Vem Senhor. Vem libertar o seu povo”, ou semelhante.
• A máxima “MENOS É MAIS” é super bem vinda na liturgia. Às vezes, em nome de querer agradar ou “dinamizar” se enchem as missas de penduricalhos que em nada acrescentam nem ajudam a orar.